Estado em
Alerta
Seca
prejudica cultura de cana-de-açúcar em Minas e prejudica produção de Cachaça
Produtores associados da AMPAQ, localizados
no Norte do Estado de Minas, estão queixando da longa estiagem ( seis meses) na
região, que vem prejudicando as
plantações de cana de açúcar, atingindo a produção da cachaça a níveis bem
baixo.
Sem água nos rios, as
reservas dos açúdes no limite, algumas prefeituras da região já decretaram
estado de alerta. Técnicos da Emater afirmam que a região passa pela pior
estiagem de todos os tempos. E informam que sem chuva, a matéria prima da
cachaça, a cana-de-açúcar cresceu um terço do tamanho ideal.Para os produtores de cachaça que contavam em aumentar a produção deste ano em 20%, frustrados viram suas pretenções seguirem o caminho inverso, com a produção atingindo apenas o limite de 50% de sua capacidade. Prejuizos que podem chegar até 200 mil, por produtor.
Ruim para o produtor, que apostou numa boa produção visando a cobrir os custos do ano e quitar seus investimentos, e desastrosa pela consequencia social negativa gerada na região pelo setor com a produção abaixo da metade, deixando mais de 2 mil pessoas sem trabalho/empregos. Trabalhos gerados por um período de 8 meses, entre corte e produção nos alambiques.
Lucas Mendes, um dos produtores da região associados da AMPAQ, diz que a produção da marca Tabúa continua, mas longe do habitual, nesta época. “Esperávamos colher 110 toneladas de cana/hec, porém tivemos que contentar com a metade. O reflexo estão nas dornas. Dos nossos 24 tanques de fermentação, que funcionavam a todo vapor nesta época, apenas 10 estão sendo utilizados”, diz Lucas.
Para o Diretor Comercial da AMPAQ, Luiz Cláudio Cury, diz que uma das consequências que poderá acarretar desta calamidade ambiental é o produto ter seus preços ajustados na ponta. Esta é uma das formas que o produtor tem de recuperar as perdas e prejuízos. Vão recuperar nos estoques de safras anteriores, armazenados em tonéis há alguns anos. Por outro lado o consumidor também terá produtos com maior valor agregado da região, das reservas especiais.
O governo de Minas e nem o Federal até o momento não se pronunciaram sobre a questão e nem deram sinal de apoio ou incentivo visando minimizar a situação destes pequenos e médios proprietários rurais, localizados na região do polígono da seca – onde atua o Programa de Sustentabilidade da Sudene.
Fonte: Jornal AMPAQ agosto 2012
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