quinta-feira, 22 de março de 2012

Cachaça no exterior?!


Em novembro passado a AMPAQ participou da feira America's food and beverage show que foi realizada na cidade de Miami nos EUA. A participação em eventos internacionais tem como objetivo levar  a nossa bebida para o conhecimento de consumidores e comerciantes de outros países,  abrir as portas para que possamos vender nossos produtos e o mais importante: o aprendizado.

Somente participando dos eventos é que temos a oportunidade de analisar e verificar as reais necessidades para a promoção e exportação da cachaça.
O trabalho a ser feito no exterior é um trabalho que deve ser planejado e bem estruturado pois os valores gastos em marketing, comercialização, exportação (taxas aduaneiras, Transportes entre outros) são altos o que impossibilita a maioria dos produtores mineiros de expandirem seus mercados.

Cooperativas e consórcios são uma alternativa para a redução de gastos e a somatória de trabalho para a penetração efetiva no mercado externo. Aliado a ajuda do governo federal e estadual acredito que a cachaça poderá se destacar no mercado internacional. O trabalho é grande e demanda muito esforço por parte  de todos, caso contrario veremos exportações esporádicas da cachaça artesanal, números irrisórios se comparados aos números da tequila cuja a produção  é menor que a produção da cachaça em litros por ano. 

Estive reunido nos estados de Arkansas e Missouri com o empresários do setor de bebida e ninguém conhecia a nossa cachaça. Vi a vodka, tequila e rum dominando as prateleiras das casas de bebidas e havia espaço para o saquê, pisco, mescal, vinhos e outras bebidas menos a nossa cachaça!

A cachaça esta restrita somente em locais onde o numero de imigrantes e turistas brasileiros são altos e quando a encontramos são garrafas de aguardente industriais.
Estamos aquém dos vasilhames das tequilas e vodkas quanto a design e qualidade dos vidros, nossos rótulos são feios e não chamam a atenção dos consumidores norte americanos e os nomes das marcas de cachaça são impronunciavéis para eles. Assim a nossa  pretensão de entrar no mercado norte americano ou de qualquer outro pais fica inviabilizada.

Devemos repensar  e somar esforços pois a cachaça tem todo o potencial para estar na prateleira dos supermercados mundo a fora e para isso basta unirmos sem vaidades para atingir nossas metas e levar um pouco do espirito brasileiro para os consumidores estrangeiros.

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